18/08/2021

HUSTLER - NA ESCOLA INTERNA - CAPÍTULO 02

No “castigo”...

- Eu não acredito que esqueceram da gente Ralph.

- Foi aquela diretora desgraçada. Com certeza fez isso de propósito.

- O jeito é esperar até amanhã nesse frio. - disse Jones tremendo de frio.

No dia seguinte, na sala de aula...

- Mas que diabos houve com seu cabelo, Sonya?

- O maldito guarda me pegou com o celular na hora de dormir.

- Você é maluca? - perguntou Raya neste momento.

O professor entrou na sala e vislumbrou a todos.

- Bom dia turma.

E todos responderam:

- Bom dia senhor.

- Parece que temos dois faltantes é uma novidade. Onde estão Jones e Ralph?

Um dos alunos tomou coragem e respondeu:

- Estão no “castigo”. Passaram a noite lá por ordem da diretora.

Billy ficou com pena de Sonya e disse:

- Esses guardas daqui estão precisando de uma lição professor. Olhe o que ele fez com Sonya. Ele não precisava humilhá-la.

O professor olhou para Billy e disse sorrindo:

- Vejam só. Temos um caçula aqui e que se preocupa com os colegas.

- Sim, são meus amigos. E o que o Sr. tem feito para mudar essas coisas?

- Rapazinho, temos regras aqui assim como em qualquer escola.

Billy colocou as mãos na cintura e perguntou:

- Humilhação está entre elas?

O homem sem saída, calou-se e em um tom sério falou para todos:

- Vou sabatinar a todos no fim da aula. Agora sentem-se e estudem o capítulo cinco e seis.

 Dizendo isso, o professor deixou a sala e três estudantes quiseram tomar satisfação com Billy por ter discutido com o professor e o mesmo ter tentado se vingar manando-os estudar até o fim da aula e um deles tentou dar um tapa na cabeça dele, mas no último segundo Billy pegou a mão do garoto e forçou a mesma contra a cabeça dele dando o adolescente um tapa nele mesmo com a força de Billy que disse:

- Eu sou pequeno mas não mexam comigo, ou vão se arrepender.

Enquanto isso, o professor foi até o “castigo” soltar Ralph e Jones.

Após abrir as portas, disse:

- Venham comigo!

E sem dizer uma palavra os dois o seguiram.

Mais tarde, na sala da diretora Hylda...

- Como é que é? Você tirou os dois do “castigo”?

- Hylda você os deixou passar a noite toda trancados. Você não está mais raciocinando? E a aluna com cabeça raspada?

O guarda para justificar a atrocidade disse que ela tinha pedido para raspar por causa dos piolhos e não queria passar para os colegas.

Hustler que estava presente, disse na cara dele:

- Seja homem e assuma o que você fez. Eu vou falar com a garota e tirar isso a limpo.

A diretora interrompeu:

- Eu acredito nele Flower. Não se pode confiar nesses alunos.

O professor Pine retrucou:

- Você deve dar sanções a eles, concordo, mas não humilhá-los. Desse jeito eles vão piorar e não aprenderão nada.

- Pine, a disciplina aqui sempre funcionou aqui e não será agora que vai mudar. A maioria deles é problemática como o garoto que jogou na cama dos pais um ninho de vespas. Outros furtaram, outros são ex-drogados. Você tem que me agradecer por mantê-los aqui. Ou estariam muito pior. Então só vou dizer isso uma vez: Sei que você vem de um centro religioso, mas a diretora aqui sou eu então eu decido tudo e só trabalha aqui quem aceita minhas regras, por isso, você está demitido.

- Muito bem Hylda, faça como quiser, mas essa conversa não termina aqui.

E dizendo isso saiu a largos passos da sala.

No intervalo das aulas Vanya esperava águem encostada em uma coluna. Jones véu por trás e a abraçou. Ela se virou e eles de beijaram. Depois sentaram no chão e ela disse:

- Agora falta pouco tempo pra gente sair. O plano está correndo de acordo combinado e então teremos muitos momentos bons.

- Verdade Vanya vai ser bom sairmos desse inferno.

Um pouco mais à frente...

- Podemos ir para o casamento e a gente conversa com eles pra gente ficar lá Ralph.

- Ah Hyla você acha que ele vai nos convidar? Em que planeta você vive?

- Dessa vez vai ser diferente.

- Então tá. Se ele convidar me avisa. Você é muito ingênua.

Os dois se juntaram a Jones e Vanya em um local mais afastado do pátio.

- Olhem aqui - mostrou Vanya.

- O que já tem? - perguntou Ralph curioso

- Já tenho nossas passagens e alguma grana.

Hyla preocupada, disse:

- O que farão com a gente se não der certo? Vão nos mandar pra prisão Vanya.

- Igual ou melhor que essa que estamos? Cadê o sonífero Hyla?

- Está aqui.

Jones disse: 

- Eu arrumo a carne no Jantar. O bichinho vai dormir como um anjinho.

Billy cai em pé na frente deles do telhado do prédio. Os adolescentes se assustaram.

- É o pirralho novato.

- Poxa é assim que me tratam? Meu nome é Billy. Já está tudo certo para a fuga?

Jones fez-se de desentendido:

- Fuga? Quem vai fugir?

- Acho que esse moleque tá nóiado - disse Vanya e todos gargalharam falsamente.

- Vocês não sabem nem mentir. Mas está bem se não são vocês então não haverá problema eu deixar o porteiro de sobreaviso que alguém vai tentar fugir esses dias. Vou lá.

Ralph pegou seu braço e disse:

- Não faça isso por favor.

Billy sorriu.

- Fiquem tranquilos, não vou denunciar vocês.

- Billy, precisamos sair daqui. Eles abusam muito da gente.

- É Vanya, eu notei. Mas do jeito que vão fazer não vai dar certo, por isso vou com vocês.

- Não Billy, se eles notarem sua falta vão vir atrás da gente - falou Hyla

- Eles vão atrás de vocês de qualquer maneira. Mas se não quiserem me levar com vocês eu vou sozinho.

Dizendo isso, saiu correndo para o pátio do colégio.

- Diabos, como ele soube, Vanya?

- Acho que algum de vocês contou. Apenas isso.

Todos negaram. Ralph ainda perguntou:

- Como diabos ele caiu de pé pulando lá de cima? São três andares.

 

 CONTINUA...

POR ALCÍ SANTOS

16/08/2021

VINGADOR NEGRO - A LÂMINA DA JUSTIÇA - PARTE 4


12

Ray Winston estava caminhando na direção de seu escritório quando foi abordado por um menino que entregou-lhe um bilhete.

– Bom dia, pequenino. O que é isso? Algum desenho bonito?

Entretanto, quando vislumbrou o conteúdo do bilhete, Ray rangeu os dentes.

– Quem foi que lhe entregou isso? – ele segurou o ombro do garoto.

– Um sujeito engraçado.

– Quem é? – Winston apertou o ombro magro do menino sem perceber.

– O homem engraçado usando máscara.

Ray praguejou e deixou o garoto partir. Olhou outra vez o bilhete.

"Você não tem muitas escolhas. 

Pode tentar fugir, mas, sendo um ladrão de salário de soldados, ouso dizer que eles procurarão até no inferno para encontrá-lo.

Pode tentar me encontrar, mas é melhor agir rápido! Assim que a maleta de dinheiro estiver no forte Austin, não sei quanto tempo restará até o exército chegar na cidade.

Mas há um caminho digno e justo. Vá ao forte, se entregue e denuncie Rodrigo. Ele será condenado à forca, mas você pode ser poupado."

Winston praguejou novamente e voltou correndo para casa.

 

13

Enquanto Winston ainda recebia o bilhete, D. Dalton estava cruzando o portão de casa. Do lado de fora, ele conseguia enxergar a janela do quarto de seus pais. A luz estava apagada.

– Ainda bem que estão dormindo – pensou – Assim não vão ficar perguntando aonde eu estava.

– Bom dia, D. Dalton – uma voz interrompeu seus pensamentos.

Ele olhou para trás e viu os irmãos Barreto.

– Que diabos estão fazendo aqui?

– Apenas observando – resmungou Sérgio.

– Costuma sair muito à noite? – indagou Carlos.

Dalton fechou a cara.

– Eu já avisei que não devo nada a vocês!

– Por que você se irrita tanto com uma simples pergunta? – perguntou Fernando.

– Para o inferno! Eu não vou cair nesse argumento contrário que vocês estão tentando aplicar. Já lhes disse que vocês não são a lei em Austin.

Dalton estava fechando o portão quando Carlos colocou a ponta do pé e fez o portão emperrar.

– Por acaso soube do que aconteceu no saloon? – perguntou Carlos.

D. Dalton deu de ombros.

– Uma prostituta foi encontrada morta. O rosto foi, digamos, dilacerado. Sete facadas no abdômen e três tiros no peito. Um crime bárbaro para uma cidade tão pacífica.

Dalton não disse uma palavra.

– Mas sabe o mais curioso? – continuou Carlos – As pessoas dizem que os autores do crime eram três sujeitos com descrições semelhantes às nossas – Carlos riu – Um absurdo, não acha? Será que deixamos de ser caçadores de recompensas para nos tornar assassinos de meras prostitutas? O que acha, D. Dalton?

– Fiquem fora do meu caminho.

Dalton forçou o portão e Carlos retirou seu pé deixando por fim se fechar.

Carlos começou a gargalhar enquanto Dalton caminhava a passos largos para dentro de casa.

Nesse momento, um homem a cavalo se aproximou deles.

– Bom dia, cavalheiros – ele disse.

– O que você quer? – indagou Fernando.

– Estou aqui à serviço do meu chefe, D. Rodrigo. Ele gostaria de fazer uma proposta para vocês, caso queiram me acompanhar.

Carlos deu de ombros.

– Permitam-me ser mais enfático – continuou o homem – Ele deseja fazer uma proposta muito generosa por seus serviços.

Os irmãos Barreto se entreolharam.


14

– Sentem-se e bebam, cavalheiros – disse D. Rodrigo.

Os irmãos Barreto se sentaram e uma empregada trouxe vinho.

– Disseram que você queria nos fazer uma proposta generosa – disse Carlos.

D. Rodrigo esboçou um sorriso.

– Huumm... Direto ao assunto – ele disse – Então serei breve, afinal, também temo não dispor de muito tempo. Quero que matem o xerife Winston.

Fernando franziu o cenho.

– Parece um trabalho difícil para vocês?

– Parece suicídio – interveio Carlos – Assim que matarmos o xerife, seremos procurados em todo o estado e condenados à forca.

– Nobres cavalheiros, não será assassinato se ninguém encontrar o corpo – disse Rodrigo – Eu direi aonde devem enterrar o corpo.

– Por que não pede para seus homens fazerem isso?

– Meus homens estão ocupados em uma busca particular. Até mandar chamá-los e esperá-los chegar, o xerife já poderia ter escapado.

Carlos balançou a cabeça em entendimento.

– Então me digam, qual é o preço de vocês?


CONTINUA...


POR NAÔR WILLIANS


NOVO!

O VINGADOR NEGRO - O MAU RANCHEIRO - 10 de 10 - Final

Na vastidão do rancho de Dom Gabriel, um homem de quase trinta anos com a energia e visão de quem entende a complexidade da vida, a notícia ...