- Um dia um cientista foi encontrado morto em um matagal às margens do rio Guamá que corta a cidade de Belém. A imprensa fez bastante alarde para obter audiência pois naquele tempo não havia Internet como hoje.
- A polícia naquele tempo era bastante atrasada e demorava muito para conseguir pistas. Fui então à seccional do bairro do Guamá. Infelizmente o delegado Torres quase me escorraçou quando disse que era detetive e que queria ajudá-lo a resolver o caso, então decidi agir sozinho.
- Consegui descobrir porém que quinze dias depois o cientista foi visto na cidade em um bar do subúrbio e perguntei às pessoas próximas ao local se eles já tinham visto esse mesmo homem e disseram que passaram a notar depois da imprensa noticiar.
- Um dia entrei no bar e fiquei aguardando o homem chegar. Realmente seu rosto era igualzinho o do cientista assassinado só mudando o estilo de cabelo. Perguntei após me aproximar se podia sentar com ele à mesa e ele me disse para ficar á vontade.
- Comecei a puxar conversa com ele e quando estava meio "alto", começou a falar algumas coisas que pensei que era para obter fama gratuita, mas que hoje sei que é possível.
- Ele achou que eu era um repórter, e continuou aquela história. Tive que contar para ele que eu era um detetive, afinal se não o fizesse estaria sendo leviano enganando-o indiretamente mas eu achava inaceitável.
- Quando eu disse que era um detetive pensei que ele fosse me rejeitar, mas ao contrário, ele pediu com bastante emoção para eu ajudá-lo. Pedi para irmos a um lugar mais reservado, então fomos até aos parques naturais da UFPA (Universidade Federal do Pará) e sentamos em um banco. Foi aí que ele me contou uma incrível história.
POR ALCÍ SANTOS